21.3.13

Li e recomendo - Canções para ninar adultos

Fui ao lançamento deste, ano passado! E não somente pelo exemplar autografado, mas principalmente pela leitura de cabo a rabo, fiquei muito feliz com o talento literário do meu bixo de Unesp-Bauru, Fred di Giácomo!

Se quiser ver outras notícias e referências sobre o livro, compiladas pelo autor, acesse o blog da obra.

Se quiser saber mais sobre autor, obra e como adquiri-la, acesse o site da Editora Patuá.



10.3.13

Cobertura midiática policial distorce interesse público

O que as ocorrências policiais envolvendo Gil Rugai, o goleiro Bruno e Mizael Bispo têm a ver conosco? Se não somos parentes, vizinhos ou testemunhas dos eventos que se sucedem em cada caso, NADA!

Então porque os casos ganham manchetes, flashes de impacto e repórteres tarimbados deslocados pro acompanhamento in loco, gozando de status privilegiado no agenda-setting nacional?

Porque a nossa mídia sensacionalista se deixa seduzir pelo apelo à comoção das pessoas, sensibilizadas quando alguém é (brutalmente) assassinado, por exemplo. Um fato de interesse público zero, a princípio (por envolver entes particulares somente) é tão explorado e martelado por ela que a distorção nem se percebe: é crime, virou notícia; quanto mais bárbaro, mais "showrnalismo", parafraseando a clássica obra de José Arbex Jr.

Por que não concentrar atenção e esforços jornalísticos em crimes que lesem a sociedade, irregularidades que pesam no bolso de milhões de contribuintes, pautas que interfiram de alguma forma nas nossas vidas? Por que dá mais trabalho do que escancarar os dramas privados que viram B.O.s, dos quais parece que essa nossa imprensa não está disposta a prescindir porque índices de audiência valem mais do que audiências criticamente conscientizadas.

Imagem acima mostra manifestantes pedindo punição aos assassinos da menina Isabella Nardoni. Pessoas largaram suas vidas para se aglomerar em torno dos momentos decisivos, atraindo os olhos da mídia que acompanhava o caso e engrossando o "circo". Desprendimento solidário? Ou uma forma de alienação, de quem se deixa levar pela onda indignatória alimentada pelo sensacionalismo? Essas pessoas largariam suas vidas para protestar contra assassinos do patrimônio público, que não matam com crueldade e enterram com impacto midiático?