30.12.08

FECHANDO O ANO COM CHAVE DE OURO, em grande estilo, com a sensação de que valeu muito! É assim que nos sentimos após correr 15km no último dia do ano, num clima de alegria e motivação do começo ao fim, tanto entre atletas quanto na gostosa relação com os espectadores nas ruas de SP.

Uma sensação de potência total: vc é capaz dos maiores desafios que a vida lhe impõe!

No começo de 2009 conto sobre a São Silvestre de 2008, ano de corridas inesquecíveis na capital como Nike Human Race (USP, 31/08) e Ayrton Senna Running Day (Interlagos, 16/11). Porque é superando batalhas que se vence a guerra!





19.12.08

SEMANA DO NATAL eu passo fora de SP, aliás bem longe, pros lados do interior de Minas Gerais, quase Bahia!

Semana do Ano-Novo eu trabalho... mas tem a São Silvestre!

Bom fim de tudo prucê! Se quiser fazer seu pedido para 2009 aí nos comentários, à vonts!

16.12.08

SEÇÃO "INDIQUE UM BLOG"

Hoje temos o Blog de Guerrilha. Não, nada de tiros e mortes a rodo. Marketing de Guerrilha é um ramo da publicidade pra lá de criativo, ousado e bem-humorado.

O blog está AQUI. Para saber antes o conceito de marketing de guerrilha, clique AQUI. E se você tiver qualquer coisa a dizer, qualquer coisa mesmo, que seja um mero "oi" (simples assim), comente logo abaixo.

Bruno Pessa diz "E aí, blz?"

10.12.08

PAPAI NOEL: Sim, vc pode!

Fazer uma criança ou família pobre mais feliz nas festas de fim de ano está a seu alcance. E isso não é novidade, faço desde 2005 e ano passado escrevi neste mesmo bologue, vide AQUI.


Bruno Pessa também diz ho-ho-ho!

2.12.08

VOTA LÁ, PÔ!

A Livraria Cultura realiza o projeto Contos da Cultura, publicando na internet contos curtos que mencionem a livraria. Os mais votados e bem avaliados textos farão parte de uma coletânea em livro.

Este humilde blogueiro metido a escritor pôs seu conto lá. Não só por isso peço teu voto, mas também para que eu mantenha a prazerosa tradição de publicações em coletâneas, iniciada em 2005 (Sexta Antologia dos Anjos de Prata), continuada em 2006 (Contos Natalinos) e consolidada em 2007 (Jornalistas Literários: Narrativas da Vida Real por Novos Autores Brasileiros).

Portanto e por obséquio, clique AQUI e expresse sua opinião!

Bruno Pessa fica gradicido com seu gesto de bondade

27.11.08

FOTO-LEGENDA 1 (para o nº 1 da seção, o nº 1 do mundo... ou não?)



Pra não dizer que não falei de Obama, um dos personagens do ano;
chegue aonde chegares, não esquecei as origens!

19.11.08

CRESCER É MESMO NECESSÁRIO?

Decrescimento sustentável é a ousada tese do francês Serge Latouche para diminuirmos a devastação dos recursos naturais do planeta

(texto: Igor Olszowski)

As idéias do economista e filósofo francês Serge Latouche se chocam com o estilo de vida dos habitantes das grandes cidades do mundo. Professor emérito da Faculdade de Economia da Universidade Paris XI e do Instituto de Estudos do Desenvolvimento Econômico e Social (Iedes), Latouche, 68 anos, critica vorazmente o crescimento econômico promovido pelos estados. Defende com ardor uma suposta “descolonização” do nosso imaginário e uma mudança de comportamento mais ativa para salvar o planeta do esgotamento de recursos naturais.

O ritmo anda acelerado e estamos consumindo demais, acredita o pensador, que construiu nas últimas décadas toda uma crítica contra a ocidentalização do mundo. Latouche é um dos principais porta-vozes do movimento pelo decrescimento. Tem vários livros e artigos publicados sobre o tema, inclusive no Brasil. Mas, apesar da visão aparentemente trágica, assume-se como um otimista e acredita na vontade da juventude de viver num mundo melhor.

Como o senhor define o decrescimento sustentável?
Criamos esse slogan em 2002 para ir de encontro ao que todos falavam na época sobre o crescimento sustentável. Era preciso marcar uma ruptura radical, porque o crescimento não é durável. Por isso, nós buscamos esta palavra provocadora: decrescimento. O crescimento pelo crescimento ninguém acha absurdo. Então o decrescimento força as pessoas a pensar: “O que isso quer dizer?” Quando falamos em decrescimento, falamos em sair de uma religião do crescimento ligada à economia e ao progresso.

É possível alterar essa lógica?

O relatório do Clube de Roma de 1972 já dizia que uma sociedade de crescimento não era sustentável. Muitos sociólogos e filósofos mostraram que ela não era nem mesmo desejada. Como as ameaças se aproximam, torna-se mais visível. O projeto de uma sociedade de decrescimento não é uma alternativa, e sim a libertação de uma ditadura econômica para reinventar um futuro sustentável. Uma sociedade não pode sobreviver se não respeitar os limites dos recursos naturais. Eu proponho um ciclo virtuoso do decrescimento: reavaliar, reconceitualizar, reestruturar, redistribuir, relocalizar, reutilizar e reciclar. Os dois primeiros termos são importantes para colocar em questão os valores comuns em nosso imaginário. Reconceitualizar é mudar nossa maneira de pensar. É uma verdadeira revolução cultural.

Mas como iniciar a mudança?
Precisamos renunciar a essa atitude predadora, ter uma mudança de atitude mental. Não somente um comportamento individual e sim o produto de um sistema. Muita gente já está convencida de que não é preciso destruir todas as espécies para ganhar mais. Entretanto, são forçados pela lógica do mercado, pela concorrência e pelo marketing. Vamos então mudar de programa para depois trocar de computador. Alterar a base de produção e torná-la mais adequada às necessidades do meio ambiente. Buscar a reutilização, a reciclagem.

Nosso ritmo está muito acelerado?
Com certeza. É necessário dar um basta ao consumo excessivo. Não é somente uma ação individual – porque, se apenas reduzo meu consumo, isso não mudará muito. Temos que mudar o modo de produzir as coisas. Você pode comer um bife em que o gado é criado em pastos naturais ou um bife de uma fazenda que obedece à lógica de mercado. No último caso, você come petróleo. Ele incorpora 6 litros de petróleo. Como isso é possível? O gado é alimentado com a soja que é plantada na Amazônia. Os tratores destroem as florestas, fazem a plantação e despejam os pesticidas. Tudo isso é petróleo. Devemos colocar esse sistema em causa, e não o fato de comermos um bife.

Seremos realmente mais felizes se consumirmos menos?
O consumo traz cada vez menos a felicidade. Vários indícios provam isso. Muitos estudos apontam para o aumento de suicídios e a utilização de antidepressivos. O estresse tornou-se um problema grave em nossa sociedade. Mas ao mesmo tempo somos viciados nesse estilo de vida. Necessitamos de uma terapia.

O mercado de produtos orgânicos indica uma mudança de comportamento?
Aqui na França, as grandes cadeias de supermercados já têm uma linha própria de produtos orgânicos e provenientes do comércio responsável. Essa tomada de consciência é importante porque um dos aspectos destrutivos do meio ambiente é a agricultura produtivista. Tudo o que seja uma alternativa a isso é benéfico. A produção familiar e sem pesticidas é uma das condições para um futuro sustentável.

Mudar a matriz energética pode ser uma das vias de solução?
Como dizia a ministra do Meio Ambiente da República Checa: “Quando há uma inundação no banheiro, você pode secar com um pano de chão. O que eu faço de imediato é fechar a torneira.” Enquanto não decidirmos limitar o consumo de energia, todas as soluções de energia renovável não servirão para muita coisa. A primeira coisa a fazer é fechar a torneira.

A geração de agora é capaz de fazer essa transformação?
Em teoria, ela deveria ser menos capaz. Ela já está mais pervertida. O grande problema está na educação. Quais crianças deixaremos no mundo? Como nós deixamos às nossas crianças um mundo estragado, nós deixamos também para o mundo uma geração pervertida. Apesar de tudo, ainda há uma luz de esperança. Vejo uma participação crescente de jovens no movimento pelo decrescimento sustentável em vários países da Europa. Eles se organizam, tomam iniciativas. Eles querem viver num mundo melhor, salvar a humanidade e o planeta.

E qual seria então a mensagem do decrescimento?
A mensagem não é somente reduzir o excesso de consumo e os danos ecológicos, mas também reduzir a quantidade de trabalho. Não é trabalhar menos para ganhar mais. É trabalhar menos para que todos possam trabalhar e viver melhor. Assim, teremos mais tempo livre para gastar com coisas que realmente valem a pena. Escutar música, dançar, jogar, pensar ou mesmo não fazer nada. Mas, ao contrário, nós nos tornamos viciados no trabalho. Os americanos inventaram a palavra workaholic. Nós quase precisamos de um curso de desintoxicação para reaprender a viver. E, nesse ponto de vista, o decrescimento é uma arte de viver.

Bruno Pessa concorda com a mensagem do decrescimento. Vc naum?

5.11.08

TADINHOS

A rua onde eu trabalho é frequentada (sem trema, conforme novo acordo ortográfico) por fubangos do estirpe de Ronaldo Nazário (pelo menos o sobrenome é de pobre) e Felipe Massa, que devem gastar num almoço desses o que eu gasto em pelo menos dez refeições hoje em dia.

Olha eles AQUI!



Coitadinhos, nem no momento sacrossanto da refeição eles têm sossego! Ô, dó...


Quando Bruno Pessa ganhar na Mega-Sena, vai provar um por um dos restaurantes da Amauri, dando tchauzinho pro iG a cada visita

24.10.08

FRASE D'ANTIS D'ONTI

Essa tem tudo para virar seção também, até porque aqui não valorizamos apenas o hoje, como faz o imediatismo dessa sociedade tecno-midiática-pós-modernista!

A pérola foi dita by me num momento de filosofia pré-lanche noturno, por ocasião de um colega ter reclamado da profusão de potes plásticos que acompanha as refeições de determinado estabelecimento comercial paulistano (não me pagou, não ponho o nome aqui):

"De saquinhos plásticos e tãipuéres
o mundo está cheio"

É ou não é?

Bruno Pessa sempre sonhou publicar a palavra tãipuer (ou um derivativo) em algum lugar. Mesmo que fosse aqui, um mero grão de areia no oceano blogosférico.

22.10.08

SEÇÃO "INDIQUE UM BLOG"

Rá, a seção não nasceu natimorta (eu pleonasmo sim!), quase um mês depois do 1º blog indicado (clique AQUI para acessá-lo), eis o segundo!

Esse é especial, do xará Bruno Soraggi, ex-colega d'iG: Polititica (o cara é baum!)

15.10.08

O QUE DÁ VONTADE DE DIZER sobre essa crise financeira que tem dominado os notíciários na última semana é bem o que escreve Flávio Gomes, em seu blog, onde você encontra posts sobre automobilismo, com destaque para a Fórmula 1, e protestos verborrágicos como ESTE AQUI.

Embora eu concorde com ele no fato de estarmos todos f..., quisera eu ter um protesto verborrágico com mais de 200 comentários. Será que rola um dia, sem que eu tenha de apelar para imagens violenta ou sexualmente impactantes ou menções a celebridades midiáticas??

Ah, como diz o Flávio, leia o texto sobre a crise lá e comente aqui - até porque ele está cansado de ler comentários e eu não!

8.10.08


ELVIS ATUAL

Clássico, além de jogo violento no futebol, significa tudo aquilo que não se perde com o tempo. Um rei é clássico, ainda mais na música tão mutante. Elvis Aaron Presley é um exemplo.

No longínquo 1969, ele gravou "In the ghetto", que não por acaso me faz lembrar o Brasil dos anos 2000. A conferir:

As the snow flies / On a cold and gray Chicago mornin
Enquanto a neve cai / Em uma fria e cinza manhã de ChicagoA poor little baby child is born / In the ghetto
Um pobre pequeno bebê de uma criança nasce / No gueto

And his mama cries / cause if theres one thing that she don't need
E sua mãe chora / Porque se existe uma coisa de que ela não precisa
Its another hungry mouth to feed / In the ghetto
É de outra boca faminta para alimentar / No gueto

People, dont you understand / The child needs a helping hand
Então pessoas, vocês não entendem / que a criança precisa de uma mão solidária?
Or he'll grow to be an angry young man some day
Ou ela crescerá para ser um jovem homem faminto um dia

Take a look at you and me, / Are we too blind to see,
Dê uma olhada em você e em mim, / nós estamos tão cegos para enxergar?Do we simply turn our heads / And look the other way
Nós simplesmente viramos nossas caras / e olhamos o outro lado?
Well the world turns / And a hungry little boy with a runny nose
Bem, o mundo gira / E um pobre pequeno garoto com um nariz escorrendo
Plays in the street as the cold wind blows / In the ghetto
Brinca na rua enquanto o vento frio sopra / no guetoAnd his hunger burns / So he starts to roam the streets at night
E sua fome aperta /Então ele começa a vagar nas ruas à noite
And he learns how to steal / And he learns how to fight in the ghetto
E ele aprende como roubar /e ele aprende como lutar no gueto
Then one night in desperation / A young man breaks away
Então uma noite em desespero / um jovem homem desaparece
He buys a gun, steals a car, / Tries to run, but he don't get far
Ele compra uma arma, rouba um carro, / tenta fugir mas ele não chega longeAnd his mama cries / As a crowd gathers round an angry young man
E sua mãe chora / Enquanto uma multidão se amontoa em volta de um irritado jovem homem
Face down on the street with a gun in his hand / In the ghetto
Caído na rua com uma arma em suas mãos / No gueto
As her young man dies, / On a cold and gray Chicago mornin,
E enquanto seu jovem homem morre / Em uma fria e cinza manhã de ChicagoAnother little baby child is born / In the ghetto, In the ghetto
Outro pobre pequeno bebê de criança nasce / no gueto, no gueto

24.9.08

SEÇÃO "INDIQUE UM BLOG"

De vez em quando a gente acha blogs bacanas no oceano internético, e por isso crio esta seção para meus ilustres (e raros) visitantes poderem conhecê-los também. Só não me cobrem periodicidade, porque odeio essa amarra jornalística!

O primeiro é o "Pergunte ao Urso - Tudo aquilo que você não sabia para quem perguntar"

Favor não ter a pachorra de comentar somente lá e nadica por aqui, belê?


Bruno Pessa entende que o tempo é escasso, mas se entristece com leitores silenciosos

18.9.08

HAAAJA CORAÇÃO, AMIGA!

2008 é um ano de casamentos de famosas, como Juliana Paes e Sandy. Quem trabalha com jornalismo na internet, como eu, sabe que "personalidades" como essas dão muitos cliques, ou seja, não podem ficar de fora dos principais portais.

Mas a Globo.com foi além, "narrando" os casórios em "tempo real", ou melhor, o que acontecia no entorno dos eventos, uma verdadeira "encheção de linguiça", exatamente como nossas professoras de Português nos diziam para NÃO fazermos numa redação.

Foi um festival de celebridades sendo piadistas, fótografos sendo intimidados, jornalistas sendo barrados, seguranças sendo implacáveis mas, no final, tudo foi maravilhoso porque as noivas estavam belíssimas, o amor é lindo, e minha vida deve ser mesmo um marasmo preu ficar horas em frente a um computador vendo isso...



Como você deve concordar comigo mas não se aguenta de curiosidade para conferir como foi a transmissão, eis os links e bom divertimento:

* Juliana Paes e Carlos Eduardo Baptista >> http://ego.globo.com/Gente/0,,CBU17-9804,00.html

* Sandy e Lucas Lima >>http://ego.globo.com/Gente/0,,CBU18-9804,00.html


Bruno Pessa, assim como você, vai casar, mas sem tempo real na internet

5.9.08

NORMOSE (Martha Medeiros)

Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal.

Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito 'normal' é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se 'normaliza' acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não-enquadramento.

A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha 'presença' através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.

A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta.

Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu 'normal' e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante.

O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

Fonte: Jornal "Zero Hora" nº 15323 (5/8/2007), caderno "Donna".

7.8.08

OLHA O QUE EU VEJO!

Fazia tempo que não vinha com post pessoal sobre minha dileta pessoa, mas como este é o post número 51 deste Nãotevejeito, acho que é uma boa idéia...

Desde o dia 19 estou morando num ap no nipo-brasileiro bairro da Liberdade, com estas imagens do centro e arredores de SP:

Da sacada do ap (21º andar), para baixo: Praça Liberdade



Da sacada, para esquerda: Radial Leste, antenas da região da Av. Paulista

Da sacada, para direita: 23 de Maio, Brig. L. Antonio, Terminal Bandeira*

Do corredor do 22º andar, para direita: Radial rumo à Zona Leste


Do corredor do 22º, para esquerda: fundos da Igreja da Sé e prédio do Banespa

*caminho diariamente cerca de 15 minutos para o Terminal Bandeira, onde pego ônibus para o trabalho. Falando em trampo, desde o dia 4 até 31 do 8 estarei non-stop em função da Olimpíada, que DEVE ser acompanhada aqui: http://ultimosegundo.ig.com.br/olimpiada
(meus leitores devem ser fiéis ao meu site!)

25.7.08


PIADA PRONTA


Olha essa 'maldade' palmeirense contra o Corinthians:
http://relogio.corinthiansnasegunda.com/


Detalhe que os times agora só se enfrentarão em 2009, o que garantirá muitos dias nessa contagem... Mas não deixa de ser comédia!



Bruno Pessa também aceita tirações de sarro de corintianos, para o bem do bom-humor pacífico no futebol

14.7.08

COISA DE MALUCO? NÃO, DE CHINÊS...



Veja neste vídeo aqui alguns hábitos bem estranhos do povo da terra da Olimpíada...

(para ver outros vídeos sobre curiosidades da China, clique novamente no link acima, vá em Menu - Esportes - Olimpíada 2008, aí é só clicar nas janelinhas)


Bruno Pessa já está entrando no clima dos xing-lings, afinal agosto está quase aí

6.7.08

PROTAGONIZE SUA VIDA - Leandro Cruz (o poema é dele, não é meu!)

Quão humano você ainda é?
Você se orgulha do que você faz?
Você é o que queria ser quando crescesse?
Seus dias são as realizações de seus grandes sonhos?
Você já teve a sensação de viver o mesmo dia várias vezes?
Você não tem vergonha interna de sorrir para o patrão que você queria trucidar?

A felicidade não cabe numa cesta básica.
A felicidade não cabe numa bolsa Gucci.
A felicidade não pode esperar na fila do banco.
A felicidade não pode esperar até as eleições.

Quão envergonhado e triste a criança que você foi
Se sentiria ao ver como você vive seus dias?
Um após o outro.
Automático.
Anônimo.
Patético.

Quem busca apenas a estabilidade
Vê a vida como mera fatalidade
Tem um trabalho sem prazer
Come pra viver e vive pra comer

Onde foi parar nossa emoção de caçar Mamutes?
Era tão divertido enfiar nossa lança no bucho dos tigres
Há quanto tempo não somos humanos?
Há quanto tempo somos robôs? autômatos

Os humanos podem morrer cedo
Mas os autômatos jamais vivem,
Até chegam aos 80 anos
se não correrem riscos e ficarem muito ricos
Mas de que vale ficar velho sem correr riscos?
É como passar o dia todo no parque com medo,
Sem coragem de entrar em nenhum brinquedo

Sua vida pode ser mais do que isso
Você ainda é capaz de dizer “eu te amo”
Você ainda é capaz de dizer “vá à merda”
A maior dor que alguém pode sentir é pensar:
“Eu devia ter dito”, “eu devia ter feito”

Dê uma virada na sua vida
Recomece do zero, invente uma missão
Protagonize sua História, peça demissão
Peça seu grande amor em casamento
Ainda que ela esteja com outro, no altar, neste exato momento
Corra, ainda dá tempo! Ou remoa para sempre esse tormento

Bruno Pessa está aberto a manifestações amigatícias, sobretudo as coerentes com seu modo de ver o mundo

24.6.08




"CHUCK NORRIS tentou jogar futebol com JANCO TIANNO uma vez. Depois, decidiu virar ator."
Nos videogames/jogos de PC, prefiro os de corrida. Mas lembro bem do precursor do Winning Eleven, o Fifa International Soccer. No ataque da seleção brasileira, JANCO TIANNO e Rico Salamar!
Não sabe quem foi JANCO TIANNO??


Clicai aqui e gargalhai!

11.6.08


ONDE VOCÊ ESTAVA NA ÚLTIMA NOITE DE SÁBADO?

13.5.08

PÍLULAS

* (NÃO-)PAULISTANO

Não levanto cedo
Não tomo café correndo ou na rua
Não pego condução abarrotada
Não ando de crachá no pescoço
Não almoço em restaurante sempre, nem acompanhado
Não sou mensalista de estacionamento
Não enfrento o trânsito das 18h
Não faço happy hour no fim do dia
Não tomo uma no começo da noite
Mas trabalho, estudo, me movimento
E São Paulo tem espaço pra mim


* I-POD À BRASILEIRA:


*COMO ESTOU LEVE! Outro dia doei roupas de vestuário e de cama, que estavam sobrando e ocupando espaço no guarda-roupa, para aqueles que pouco têm. E tem leveza melhor?

5.5.08

CHAVES PROFUNDO!

Um madruga em cada esquina - Por Rafael Pereira de Menezes (14/02/2002)

Há cerca de 20 anos atrás, em um país distante chamado México, existia uma pequena vila suburbana, habitada por tipos igualmente suburbanos. Eram pessoas comuns: Viúvas, desempregados, crianças, professores... Também há cerca de 20 anos, um pouco menos do que isso talvez, uma recém fundada emissora de TV brasileira adquire um despretensioso seriado produzido no México, retratando justamente a vida das pessoas descritas no parágrafo acima. Para quem não percebeu, estou falando do Chaves, ele mesmo, o garoto que vive dentro de um barril.

Nasci em 1982, portanto minha infância foi muito marcada por esta série. Me lembro que ela era transmitida em horário nobre, às 20h. Minha mãe sempre me obrigava a ir dormir após o Chaves. Era um momento bastante esperado pra mim, que ficava torcendo pro episódio não terminar, assim eu poderia ficar acordado até mais tarde.

O tempo passou, aquele canal de TV cresceu e hoje é um dos maiores do país, investe milhões em artistas, em filmes e em programas. Porém aquela série permanece no ar, diariamente. Bom, tem gente que detesta, tem gente que adora, mas é impossível negar. Todos nós já passamos algumas horas em nossas vidas assistindo o programa dos personagens criados por Roberto Bolaños. O que intriga a muitos é como o programa consegue se manter no ar por todos estes anos? Como uma série que possui tão poucos recursos técnicos consegue cativar crianças e adultos em plena era do computador, dos desenhos feitos em animação gráfica?

NÃO POR ACASO
Sempre me questionei a respeito disso sem nunca ter conseguido chegar a uma resposta. Até que um dia, por acaso, zapeando os canais de TV à tarde, acabei vendo uma entrevista de Bolanõs. Uma frase dele que me chamou muito a atenção foi a seguinte: "o Chaves faz sucesso em qualquer lugar do mundo onde existe fome". Realmente, sua série é bem sucedida em toda a América Latina, do México à Argentina. Pude comprovar pessoalmente isto quando estive no Chile, em 1999. Todos os latinos conheciam os personagens e os capítulos, assim como no Brasil. Já os europeus e norte-americanos nunca tinham sequer ouvido falar. Comecei a ver algum sentido na afirmação de Bolaños.

Aquela vila despretensiosa é um microcosmo que contém a sociedade latino americana. É uma grande caricatura de nós mesmos. Pode parecer estranho este comentário. Mas uma observação mais atenta sobre os personagens demonstra isso claramente.

Um homem que vive endividado, que tenta várias profissões diferentes durante um curto espaço de tempo, sem nunca atingir êxito em qualquer delas, mas que mesmo assim nunca para de procurar outra atividade para manter a si próprio e a sua filha única. Passa a maior parte de sua vida desempregado ou sub-empregado, o que transmite a um observador menos atento uma imagem de preguiçoso, de vagabundo. É assim taxado por todos aqueles que ocupem uma classe social mais alta do que a dele, como por exemplo, seu senhorio. Quantos 'madrugas' não estão por aí, nas bancas de camelô dos centros das grandes cidades brasileiras? Vivendo de aluguel e sendo despejados de casas pequenas na periferia? Estariam eles também nas invasões de terrenos públicos? Nas favelas, talvez?

Sua vizinha é uma viúva que vive de pensão, símbolo de uma classe média cada vez mais oprimida e decadente, mas que mesmo assim luta com todas as forças para manter o que resta de sua posição social (apesar de viver em um cortiço). Tenta de todas as formas manter um padrão de vida que já não condiz com sua realidade. É obrigada a viver em um bairro afastado, cercada de pessoas de nível cultural inferior, o que a incomoda, e ao mesmo tempo a eleva. Neste local ela pode ser superior. Pode olhar todos os seus vizinhos de cima. Não por acaso, ela se aproxima da única pessoa na história que possui um nível de cultura um pouco mais elevado, ou seja, o professor de seu filho, um garoto robusto e mimado, que por isso é sempre passado pra trás pelas outras crianças, mais pobres e, talvez por isso, mais espertas, uma vez que não tiveram tanto mimo, tanto zelo por parte de seus pais.

Na casa ao lado vive uma senhora de idade não tão avançada, mas que é claramente discriminada por todos os habitantes do local por isso. Vive sozinha, dependendo de sua aposentadoria pra viver. O dinheiro, embora escasso, é suficiente, uma vez que ela vive sozinha. Uma pessoa em seus 60 anos sendo considerada idosa, não seria reflexo de uma baixa expectativa de vida? Qual será a média de vida da imensa maioria de madrugas de nosso país? E por que ela é sozinha? Será que alguém olha pra ela? As visitas do carteiro nunca trazem nada para tal senhora. Ela cita alguns parentes distantes, que porém, jamais aparecem. Eles não se importam. O idoso é visto como um peso, alguém que dá trabalho e não trás retorno, logo é isolado em sua pequena casa, ou em um asilo, ou em seu quarto. Apenas ela e suas lembranças entram naquela casa.

SI, EL CHAVO
Chego finalmente ao personagem central da história. Um garoto que diz ter família, mas que ninguém a conhece. Que diz ter um nome, mas que ninguém sabe qual é. Ele vive no mesmo ambiente destas pessoas, brinca no pátio e vai a escola, porém sempre sozinho. Não tem o que vestir, enquanto as crianças próximas a ele estão sempre bem vestidas. Todos demonstram pena pela criatura, e engolem seco cada vez em que ele manifesta sua fome, suas necessidades, sua carência afetiva. Porém nada de concreto é feito para mudar sua condição, talvez um sanduíche de presunto hoje, um sapado usado e velho amanhã. Isso basta para manter as consciências suburbanas tranqüilas e satisfeitas, com uma caridade vazia que mantém uma criança vivendo dentro de um barril.

Este barril poderia ser uma marquise? Um viaduto? Quantas crianças vivem nas ruas de nosso próprio bairro e nada fazemos para ajudar? Damos um trocado aqui, um sanduíche aqui. As vezes até juntamos tudo o que não queremos, colocamos em um saco de supermercado e descemos de nossos apartamentos para fazer a caridade. Restos, apenas restos. De comida, de roupa, de afeição. O garoto continua lá, faminto e sozinho. Irá crescer e ser repreendido caso vier a contrariar as regras da sociedade em que cresceu a margem. Ou pior, no caso de suspeita, será o culpado. Não pretendia citar episódios da série nesta parte do texto, mas não posso deixar de citar o episódio do ladrão que aparece na vila. Todos, sem exceção, o acusam de ladrão. Sempre afirmaram que tinham pena e até chegavam a gostar do pobre coitado, porém na primeira oportunidade ele foi julgado e condenado. Era inocente e todos pediram desculpas. Mas tais desculpas aparecem na vida real? Acho que não.

Realmente, meus colegas europeus jamais entenderiam este contexto, logo jamais ririam disto. Que sorte a deles. A auto-ironia sempre tem um efeito devastador sobre todos. Não existe nada mais fácil do que rir de si mesmo refletido no outro. Não existe nada mais fácil do que julgar e condenar alguém que se encontra um pouco abaixo de você.

Então desempregado e vagabundo se confundem, a velha é velha, o rico é rico (mais um detalhe, os ricos da série são gordos, teria isso algo a ver com abundância? Será por isso que todos os outros são magros?), ele não se mistura, apenas aparece para cobrar aluguéis (contas, mensalidades, prestações) e a criança abandonada permanece abandonada. Aliás, todos permanecem abandonados à própria sorte em seus pequenos problemas, aparentemente sem solução, tentando se adaptar inutilmente à esta dura realidade.

Claro, isso são coisas que só se percebem com o tempo. Uma criança não entende tais coisas ao assistir "Chaves". Os adultos riem um riso solto, "esses problemas não são apenas meus" pensam, mesmo que inconscientemente. E acham tudo aquilo engraçado. Aquilo tudo lhes diz respeito e faz muito sentido. Aquele é o seu próprio mundo e a sua própria comédia. Infelizmente.

Bruno Pessa sempre concede a palavra quando alguém fala bonito e nos faz pensar sobre temas de relevância cômico-social

28.4.08

O QUE REALMENTE IMPORTA?

Não vejo a hora do "caso Isabela Nardoni" deixar a minha TV, pois todos os dias me enoja tanto a postura da mídia sanguessuga quanto a dos populares-curiosos-desocupados que não desgrudam dessa novela. Em vez de deixarem a polícia e a justiça cuidarem de um crime de interesse meramente privado, envolvendo pessoas que não têm nada a ver comigo nem com vc, e se preocuparem com assuntos que realmente nos dizem respeito, a mídia fica sensacionalizando o fato, aumentando o clima de comoção e a irracionalidade de quem acha válido apedrejar os acusados.

Não me acuse de insensível; se os acusados fossem seus familiares ou amigos, vc acharia normal que eles pudessem ser linchados ao colocar o rosto na rua, não bastando o fato de já estarem eternamente condenados? É plausível pessoas viajarem horas e ficarem em frente a um prédio por outras horas, só pra ter seu cartaz exposto à mídia e gritar impropérios quando seus alvos aparecerem? Ah, elas precisam demonstrar sua indignação?? Teriam elas alguma vez ido à uma sessão da Câmara Municipal - onde não deve faltar motivos para revolta - para cobrar seus vereadores, por exemplo???

Isso não é coisa só da minha cabeça. Olha só o que li quando estudava na biblioteca da PUC-SP hoje de tarde:

"Na sociedade do espetáculo, em que o espaço da política é substituído pela visibilidade instantânea do show e da publicidade, a fama torna-se mais importante do que a cidadania; além disso, a exibição produz mais efeitos sobre o laço social do que a participação ativa dos sujeitos nos assuntos da cidade/sociedade, ou do que a produção de novos discursos capazes de simbolizar o real. À aparente desimportância dos assuntos de interesse público, corresponde um excesso de 'publicidade' e de interesse a respeito dos detalhes mais insignificantes, ou mais constrangedores, da vida privada"

(VISIBILIDADE E ESPETÁCULO, artigo de Maria Rita Kehl, página 143 do livro "VIDEOLOGIAS", organizado por Kehl e Eugênio Bucci, Editora Boitempo, 2004)

Sociedade do espetáculo: falou e disse!

21.4.08

TÃO BOAS QUANTO ELES!

Ainda resta machismo em muitos campos das relações sociais, infelizmente, mas no esporte elas estão cada vez mais ganhando o espaço que já foi exclusivo deles, graças à determinação de quem não desiste diante das dificuldades. (digitei d's demais, de acordo?)

Neste fim de semana, dois exemplos cabais. No sábado a seleção feminina de futebol voltou a encher os olhos dos marmanjos acostumados a ver os homens nos gramados do mundo, despertando um suspiro que já não é novidade: "Como eu queria a Marta no meu time..." (clique aqui para ver como foi)

Dumingu foi a vez de uma piloto (isso mesmo...) vencer pela primeira vez na Fórmula Indy. Danica Patrick fez história num meio tão ou mais masculino quanto Marta, merecendo todos os louros (ou morenos, o que preferir...) pelo feito. (clique aqui para ver como foi)

Da próxima vez que vc ouvir a baboseira "isso não é coisa pra mulher", lembre-se de Marta e Danica...

16.4.08

PROTESTOS OLÍMPICOS 2008

Nenhum itinerário de tocha olímpica foi tão conturbado, pelo qu'eu me lembre, quanto este da chama dos Jogos de Pequim. Simpatizantes à causa dos direitos humanos protestam contra o tratamento dado pela China ao Tibete e líderes mundiais ameaçam boicotar a abertura da festa do esporte, em agosto.

É por aí mesmo. Penso que culturas, tradições e costumes devem ser respeitados - a diversidade faz parte do planeta -, mas há valores universais que em hipótese alguma podem ser desobservados, como a liberdade de ação e expressão e os direitos humanos, de uma forma geral, para mulheres e homens.

Nenhum regime político ou tradição religiosa é aceitável quando passa por cima desses valores. Não na minha cabeça.


Bruno Pessa acompanha diariamente as notícias olímpicas nesse site.

31.3.08

QUERIDOS AMIGOS” FOI a minissérie que acabou semana passada na Globo. Acompanhei sempre que podia porque ela mergulhou na história recente do país, falando do fim da ditadura, anistia e o que aconteceu com membros da militância política dessa fase no fim dos anos 80. Mas não foi isso que mais me prendeu.

A trama girou em torno de Leo, um dos 'amigos', que, sentindo a iminência da morte por causa de uma doença, resolve reestabelecer as amizades que o tempo separou, e faz de tudo para demonstrar seu afeto por eles gratuitamente, com a única preocupação de aproveitar ao máximo a vida que lhe resta. Louvável!

As aparições de Leo antes da morte são mágicas (não somente porque ele faz mágicas...) e é difícil não se emocionar com a voz de Milton Nascimento em “Canção da América”, que acaba me lembrando um tal de Ayrton Senna da Silva... O fim da história sugere que os amigos, presentes de branco no seu enterro (quero isso no meu, nada de preto, é momento de alegria porque o morto estará mais perto de Deus!), são agora definitivamente amigos. Ou seja, missão cumprida.

Agora pensa comigo: faz sentido demonstrar tanto carinho pelas pessoas amadas, com total desprendimento (nada de aniversário, Natal, Ano-Novo, Dia de São Valentim etc), somente pela certeza de que a separação está próxima? E quem garante que ela virá somente na velhice, para nós seres saudáveis?

Eu tô certo que não devemos esperar, e simplesmente os fatos de estarmos vivos e sermos amigos justificam que tenhamos gestos de afeto e momentos de celebração. Você não acha?

24.3.08

GOSTEI DESTA REFLEXÃO, por isso partilho-a contigo!

"Os quatro fantasmas" - Martha Medeiros

Me deparei com as quatro principais questões que assombram as nossas vidas e que determinam nossa sanidade mental. São elas:

1) Sabemos que vamos morrer.
2) Somos livres para viver como desejamos.
3) Nossa solidão é intrínseca.
4) A vida não tem sentido.

Basicamente, isso. Nossas maiores angústias e dificuldades advêm da maneira como lidamos com a nossa finitude, com a nossa liberdade, com a nossa solidão e com a gratuidade da vida. Sábio é aquele que, diante dessas quatro verdades, não se desespera.

Realmente, não são questões fáceis. A consciência de que vamos morrer talvez seja a mais desestabilizadora, mas costumamos pensar nisso apenas quando há uma ameaça concreta: o diagnóstico de uma doença ou o avanço da idade. As outras perturbações são mais corriqueiras.

Somos livres para escolher o que fazer das nossas vidas e isso é amedrontador, pois coloca a responsabilidade em nossas mãos. A solidão assusta, mas sabemos que há como viver com ela: basta que a gente dê conteúdo à nossa existência, que tenhamos uma vontade incessante de aprender, de saber, de se autoconhecer.

Quanto à gratuidade da vida, alguns resolvem com religião, outros com bom humor e humildade. O que estamos fazendo aqui? Estamos todos de passagem. Portanto, não aborreça os outros nem a si próprio, trate de fazer o bem e de se divertir, que já é um grande projeto pessoal.

Volto a destacar: bom humor e humildade são essenciais para ficarmos em paz. Os arrogantes são os que menos conseguem conviver com a finitude, com a liberdade, com a solidão e com a falta de sentido da vida. Eles se julgam imortais, eles querem ditar as regras para os outros, eles recusam o silêncio e não vivem sem aplausos e holofotes, dos quais são patéticos dependentes. A arrogância e a falta de humor conduzem muita gente a um sofrimento que poderia ser bastante minimizado: bastaria que eles tivessem mais tolerância diante das incertezas.

Tudo é incerto, a começar pelo dia e a hora da nossa morte. Incerto é o nosso destino, pois, por mais que façamos escolhas, elas só se mostrarão acertadas ou desastrosas lá adiante, na hora do balanço final. Incertos são os nossos amores, e por isso é tão importante sentir-se bem mesmo estando só. Enfim, incerta é a vida e tudo o que ela comporta. Somos aprendizes, somos novatos, mas beneficiários de uma dádiva: nascemos. Tivemos a chance de existir. De se relacionar. De fazer tentativas. O sentido disso tudo? Fazer parte. Simplesmente fazer parte.

Muitos têm uma dificuldade tremenda em aceitar essa transitoriedade. Por isso a psicoterapia é tão benéfica. Ela estende a mão e ajuda a domar o nosso medo. Só convivendo amigavelmente com esses quatro fantasmas - finitude, liberdade, solidão e falta de sentido da vida - é que conseguiremos atravessar os dias de forma mais alegre e desassombrada.

17.3.08

NO FUTEBOL VALE quase tudo na hora de empurrar a pelota pro gol. Só não vale braço e mão.

Pois foi isso que fez o camisa 9 do SANTOS FC, Kléber Pereira, contra o São Caetano, pelo Paulistão, ontem. Do jeito que a redonda veio, ele cutucou. Como as imagens mostram, ele usou adequadamente seu "instrumento", tanto que depois disse algo tipo "não posso falar com o quê fiz o gol, é um nome forte... o que importa é que ela entrou". (clique aqui pra conferir!)

Agora imagine se quem faz um gol como esse é o Sebastián Pinto*!!

Bruno Pessa não tinha time para torcer no Estado de São Paulo até seu pai levar o garoto pra arquibancada da Vila Belmiro

*camisa 8 do alvinegro praiano supracitado

10.3.08

IMAGINE QUE VC ADORA se refrescar e nadar numa PISCINA. Só que:

1. Vc vê três PISCINAS diariamente toda vez que vai à janela do quarto. Mas são do prédio vizinho.

2. Na academia que vc freqüenta cinco vezes por semana, tem uma baita PISCINA. Mas como seu plano não inclui aulas na PISCINA, não pode sequer encostar o pé.

3. Vc tem uma puta duma PISCINA disponível na família. Mas ela está mais de 300 km distante.

4. Vc não é sócio de nenhum clube que tenha PISCINA (e que não tenha também).

5. Se morasse em casa ou apê com quintal, poderia comprar uma PISCINA de 1000 litros. Mas vc mora em apê. Sem quintal.

6. Vc não consegue lembrar de um amigo ou conhecido que possa te oferecer um banho de PISCINA assim do nada. Mesmo que fosse pra se convidar na cara dura.

7. Sempre que olha pros vigiados do BBB, vc se dá conta de que eles podem entrar numa bela PISCINA dia sim, outro também. E fazem isso. Mesmo que seja apenas pra comemorar o líder da semana.

8. Por fim, vc tá vivendo mó calorzão há meses (Brasil, né?), um bocado de dias ensolarados (até mesmo em SP), transpira bastante com exercícios físicos e tudo isso, junto ou separado, te traz sempre uma palavra: PISCINA.

Agora vc me entende?

- PISCINAAAA!


Não sou eu. Mas bem que poderia


Bruno Pessa ouviu dizer que existe uma tal de Lei da Atração e, curioso que só, quer saber se funciona mesmo

8.3.08

ACONTECEU HOJE

Balança busão, balança café
Escapa da mão, e cai no meu pé

27.2.08

LEITURAS REVOLUCIONÁRIAS são possíveis com os textos-obras-primas da repórter Eliane Brum, da revista Época. Dois exemplos cabais:

"O inimigo sou eu" (10 dias num retiro de meditação = puta lição de vida) - clique aqui

"Suicidio.com" (jovem gaúcho comete suicídio com ajuda de internautas) - clique aqui

Em breve neste bológue, discussão sobre (falta de) suicídio na mídia!


Bruno Pessa não confunde discussão de suicídio (isso é permitido) com incitação ao suicídio (isso é crime)

17.2.08

O TEMA É O TROTE, esse que os veteranos universitários aplicam nos calouros/bixos.

Nessa época de início de aulas, o tema é recorrente na mídia, que quase sempre explora e alerta sobre os exageros ligados à violência e consumo de álcool e drogas do ritual.

Pra mim não importa se a mídia exagera. Só acho que humilhar e obrigar qualquer pessoa a beber e fumar é criminoso, tanto pelo risco à saúde quanto à dignidade da vítima. Ou seja, injustificável.

Já fui bixo, fui veterano e sempre achei bacana a brincadeira do trote pra vc conhecer a galera do seu curso, se integrar, colecionar momentos divertidos e fazer amigos. Desde que seja de leve, só pra zoar mesmo, tirar uma onda, dar risada e, principalmente, brincar com os que estão dispostos a brincar.

O bixo não quer entrar? Não participa, sem represália. Não quer beber? Fica na sua. Se os veteranos forem legais, azar do bixo que se isolar. Mas se eles querem extrapolar os limites do aceitável, que respeitem os que se respeitam como seres humanos.

E se não estiverem nem aí e agirem como criminosos? Manda pra delegacia, não é lá o lugar dos que cometem crimes?

Bruno Pessa nunca ficou bêbado, não suporta cigarro e prefere que as coisas continuem assim

P.S.: Veja no que pode acabar um trote alcoólico clicando aqui.

1.2.08

POBRES SACOS PLÁSTICOS DOS POBRES

Seguindo a linha do discurso ecologicamente consciente-correto, uma pá de gente anda metendo o pau nos saquinhos plásticos que o comércio nos fornece quando vamos às compras, pela degradação ambiental que eles causam após seu desuso. De fato, há uma penca de sacos acumulados no nosso dia-a-dia!

Mas sem eles, temos um problema. Não falo de termos que adotar uma sacola padrão para levarmos às compras, reutilizando-a ad infinitum. Sem os saquinhos, como vamos "vestir" as lixeirinhas da cozinha e dos banheiros de casa? Como vamos levar lanche/marmita pra escola/trabalho? Como vamos evitar que o guarda-chuva molhe a bolsa? Como vamos separar a roupa suja do resto da bagagem em situações de dormir fora?

Ah, existem sacos especializados pra lixo à venda, eu sei. Mas não chegam em casa de graça né... Conclusão: azar dos que levam lanche e guarda-chuva na bolsa, que vão ter de incluir um novo item nas despesas. Pobre só se ferra mesmo... E os anos de amizade com os sacos plásticos, quebra-galhos tão úteis? Vão pro lixo? Não, vai acabar poluindo o ambiente...


Bruno Pessa gosta de sinônimos coloquiais, tipo "uma pá, uma penca = um monte, no sentido de muuito", além de latinidades como "ad infinitum = para sempre"